História
A Visão Mundial nasceu do sonho de um homem: o reverendo
norte-americano (e jornalista) Bob Pierce. Em 1947, durante uma viagem à China,
ele se sensibilizou com a situação e as necessidades de uma menina chamada Jade
White. A professora alemã Tena Hoelkedoer, incapaz de cuidar da menina sozinha,
pediu ajuda ao reverendo. Pierce, então, deu à professora seus últimos cinco
dólares e fez um trato com ela: todos os meses enviaria uma quantia para
ajudá-la a cuidar de Jade.
Ao voltar para os Estados Unidos, Pierce contou a história para amigos
que, sensibilizados, também decidiram contribuir mensalmente para ajudar Jade e
outras crianças na China. Essa experiência resultou em uma reviravolta na vida
do reverendo, que começou a construir uma organização dedicada a ajudar
crianças em todo o mundo. Assim, em 1950, nascia a Visão Mundial. O primeiro
programa de apadrinhamento teve início três anos depois, para ajudar as
centenas de milhares de órfãos da Guerra da Coréia.
Nas décadas seguintes, a Visão Mundial expandiu seu trabalho pela Ásia,
América Latina, África e Leste Europeu. Nos anos 1970, ao perceber que o
apadrinhamento tradicional não atacava as causas da pobreza, a Visão Mundial
implantou o modelo de desenvolvimento comunitário e de socorro em situações de emergência
que vem sendo constantemente aprimorado até os dias de hoje.
Por desenvolver um trabalho transformador, com transparência e
eficiência, a Visão Mundial ganhou no Brasil o Prêmio Bem Eficiente, que é
concedido a organizações sociais de destaque no país, em 1999, 2002 e 2005.
A crise da Etiópia. O século 21
A séria crise alimentar na Etiópia, na década de 70, seguida de
tragédias semelhantes em outras 9 nações africanas, nos anos 1980, levou ao
maior esforço de emergência da Visão Mundial em toda a sua história. As imagens
chocantes, feitas por uma equipe da BBC que acompanhava os trabalhos da
organização em um dos locais mais afetados pela crise, atraíram uma cobertura
televisiva que despertou a compaixão do mundo.
Depois de cerca de 2 anos, o programa da Etiópia passou para uma fase
de reabilitação, seguida por projetos de desenvolvimento em larga escala, que
incluíam agricultura, hortas, saúde, irrigação e programas de treinamento.
Resultado: vales áridos transformaram-se em campos verdes e grupos de pessoas
desamparadas tornaram-se comunidades seguras e confiantes.
Na década de 1990, a Visão Mundial aproveitou-se de sua estrutura
internacional de comunicações e de sua capacidade de relações públicas para
advogar contra as minas terrestres. Outro fato marcante foi a marca de 1 milhão
de apadrinhamentos. No Brasil, foi desenvolvido o primeiro projeto focado
somente em HIV/AIDS.
O século 21 começou com o fortalecimento das atividades de promoção de
justiça, principalmente em questões relacionadas à sobrevivência de crianças e
à diminuição da pobreza. A Visão Mundial tornou-se mais ativa na articulação
com governos, empresas e outras organizações para tratar de problemas como
trabalho infantil, crianças em conflitos armados e exploração sexual de crianças
e mulheres.
Hoje, a Visão Mundial é reconhecida como uma das organizações
humanitárias líderes no mundo. Em parceria com a subsidiária microfinanceira
VisionFund International, conta com cerca de 40 mil colaboradores em 100
países, que implementam programas de desenvolvimento comunitário, socorro em
emergências e promoção de justiça.
A Visão Mundial no Brasil
No Brasil, embora já fizesse o apadrinhamento de crianças desde 1961,
foi em 1975 que a Visão Mundial abriu seu primeiro escritório, em Belo
Horizonte (MG), que supervisionava a maior parte do trabalho da organização na
América do Sul. O segundo escritório, em Recife (PE), foi inaugurado em 1982.
De lá para cá, são mais de 10 milhões de vidas transformadas e 1.201
projetos que ajudaram a construir um Brasil melhor. Graças a eles, populações
nas quais morriam 147 crianças a cada mil que nasciam, hoje apresentam índice
de mortalidade infantil dez vezes menor. Crianças, adolescentes e jovens de
baixa renda tiveram acesso a educação complementar e puderam superar as
disparidades de formação e buscar oportunidades de uma vida melhor.
Áreas devastadas foram revitalizadas com agroflorestas e agora
alimentam famílias, geram renda e melhoram condições ambientais e climáticas.
Regiões semidesérticas ganharam cisternas e barragens para acumular água da
chuva e fornecer água potável, proporcionando melhoria da saúde, produção de
alimentos e criação de pequenos animais.
Nesse período, a Visão Mundial Brasil desenvolveu novas lideranças,
forneceu microfinanciamento e acesso a mercados para empreendedoras e empreendedores, possibilitando o
desenvolvimento transformador sustentável das comunidades mais pobres. A organização atuaou, ainda, em
emergências e na reabilitação de populações afetadas por tragédias climáticas
(como em Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, região serrana do Rio de Janeiro
e Amazonas) e para advogar uma cultura de paz e políticas públicas mais justas e
bem aplicadas.
O desafio da Visão Mundial no Brasil agora é superar a desigualdade;
alcançar milhões de crianças, adolescentes e jovens em contextos urbanos e
rurais de alta vulnerabilidade, para incluí-los em programas de
desenvolvimento.
Junte-se a nós!
Impacto quantitativo do trabalho da Visão Mundial no Brasil em 2010
- R$ 34 milhões investidos
- 67 programas, sendo 40 Programas de Desenvolvimento de Área
- 28 Projetos Especiais
- 24 programas na região Nordeste, 10 na região Sudeste e 6 no região
Norte
- Mais de 885 comunidades beneficiadas, abrangendo cerca de 51 municípios
em 13 estados brasileiros
- 698.038 beneficiários diretos e mais de 2.085.173 beneficiários
indiretos, totalizando 2.783.211 beneficiários
- Capacitação e desenvolvimento de 125.379 líderes comunitários
- 33 entidades locais parceiras nos PDAs
- 87.387 crianças inscritas na base de dados da Visão Mundial