Neste dia 18 de maio é o dia de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Devemos proteger as nossas crianças e adolescentes, pois a Exploração Sexual é um fenômeno que ocorre em todas as classes sociais e em escala mundial.
Dados do fundo das Nações Unidas para a infância apontam que cerca de um milhão de crianças são vitimas de violência sexual no mundo a cada ano. Com isso a Secretaria de Ação Social e Escolas (MUNICIPAIS E ESTADUAIS) a exemplo de anos anteriores promovem mobilizações sociais e políticas na perspectiva de avançar na construção de uma consciência coletiva da população sobre a gravidade da Violência Sexual.
Convidamos a todos a se fazerem presentes nesta mobilização que acontecerá nesta Sexta-Feira, 17 de maio, nos unamos no Combate contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Estarão presentes vários Projetos Sociais: PETI, CRAS, dentre todos estará a Visão Mundial que trabalha a Proteção a Criança.
Participe e Faça Bonito na Luta pelo direito de felicidade das nossas crianças e adolescentes.
HISTÓRIA DO 18 DE MAIO
Nesse 18 de Maio se comera o 13º ano de mobilização no “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, instituído pela Lei Federal 9.970/00.
O Dia 18 DE MAIO, é
uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e
Adolescentes no território brasileiro e que já alcançou nesses 13 anos muitos
municípios do nosso país.
A cada ano temos
registrado uma adesão maior de municípios na mobilização em torno do “18 de
Maio” por meio de caminhadas, audiências públicas, debates nas escolas,
concurso de redação nas escolas, exibição de filmes e debates, realização de
seminários e oficinas temáticas e de prevenção a violência sexual, panfletagem,
criação de produtos de comunicação sobre a temática, campanhas nas rádios e
entrevistas com especialistas entre outros.
Esse dia foi escolhido
porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro
chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de
uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos
humanos violados, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média
alta daquela cidade. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está
impune.
A proposta do “18 DE
MAIO” é destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda
a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e
adolescentes. É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao
desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso
e da exploração sexual.
A violência sexual
praticada contra a criança e o adolescente envolve vários fatores de risco e
vulnerabilidade quando se considera as relações de geração, de gênero, de
raça/etnia, de orientação sexual, de classe social e de condições econômicas.
Nessa violação, são estabelecidas relações diversas de poder, nas quais tanto
pessoas e/ou redes utilizam crianças e adolescentes para satisfazerem seus
desejos e fantasias sexuais e/ou obterem vantagens financeiras e lucros.
Nesse contexto, a
criança ou adolescente não é considerada sujeito de direitos, mas um ser
despossuído de humanidade e de proteção. A violência sexual contra meninos e
meninas ocorre tanto por meio do abuso sexual intra-familiar ou interpessoal
como na exploração sexual. Crianças e adolescentes vítimas de violência sexual,
por estarem vulneráveis, podem se tornar mercadorias e assim serem utilizadas
nas diversas formas de exploração sexual como: tráfico, pornografia,
prostituição e exploração sexual no turismo.
Esse ano, mais uma
vez, em alusão ao Dia 18 de Maio, o Comitê Nacional de Enfrentamento à
Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, vem ressaltar as inúmeras
violações que os grandes eventos esportivos que o país vai sediar e os
empreendimentos de infraestrutura têm acarretado na vida de crianças,
adolescentes, suas famílias e comunidade.
Queremos ressaltar
também a responsabilidade do poder público e da sociedade na implementação do
Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e
Adolescentes, na garantia da atenção às crianças, adolescentes e suas famílias,
por meio da atuação em rede, fortalecendo o Sistema de Garantia de Direitos
preconizado no ECA (Lei Federal 8.069/90) e tendo como lócus privilegiado os
Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente no âmbito dos estados e
municípios.
Em razão desse
contexto, faz-se de extrema importância que o movimento de defesa dos direitos
humanos de crianças e adolescentes se articule, se insira, participe e incida
nesse debate, sobretudo, em função das grandes obras que já estão em curso no
país e dos megaeventos que se o Brasil vai sediar.
O enfrentamento à
violação de direitos humanos sexuais de crianças e adolescentes pressupõe que a
sexualidade é uma dimensão humana, desenvolvida e presente na condição cultural
e histórica de homens e mulheres, que se expressa e é vivenciada diferentemente
nas diversas fases da vida. Na primeira infância, a criança começa a fazer as
descobertas sexuais e a notar, por exemplo, diferenças anatômicas entre os
sexos. Mais à frente, com a ocorrência da puberdade, passa a vivenciar um
momento especial da sexualidade, com emersão mais acentuada de desejos sexuais.
Aos adultos, além da
sua responsabilidade legal de proteger, de defender crianças e adolescentes,
cabe o papel pedagógico da orientação e acolhida. Dessa forma, buscando superar
mitos, tabus e preconceitos oferecendo segurança para que possam se reconhecer
como pessoa em desenvolvimento e se envolver coletivamente na defesa, garantia,
e promoção dos seus direitos.
Queremos convocar
todos – família, escola, sociedade civil, governos, instituições de
atendimento, igrejas, universidades, mídia – para assumirem o compromisso no
enfrentamento da violência sexual, promovendo e se responsabilizando para com o
desenvolvimento da sexualidade de crianças e adolescentes de forma digna,
saudável e protegida.
Lembramos o
compromisso de todos os pontos focais, entidades governamentais e ou não
governamentais em garantir a participação de crianças e adolescentes em todo o
processo de organização e realização das atividades que marcam o Dia Nacional
de Luta contra a Violência Sexual.
Nesse “18 de MAIO” FAÇAMOS
BONITO na luta pelos direitos de crianças e adolescentes.
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