— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 49“Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra!
51 Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Homilia:
Jesus era consciente de que um efeito – ainda que não desejado – do
seu trabalho ia ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e
os que lutam por um mundo novo. Por isso, inflamou a ira dos
funcionários do Templo e de todos os que se consideravam os “donos da
verdade”. O fogo da Palavra de Deus não era para funcionários lúgubres
saturados de doutrinas e sedentos de poder.
Mas o fogo de Jesus não é o fogo das paixões políticas. É o fogo do Espírito que tem que ser provado na entrega total, no batismo da doação pessoal. É o fogo do amor que gera vida e anula as forças da morte.
Em continuidade ao ministério de Jesus, as comunidades contam com a luz e a força do Espírito Santo. Cabe a estas comunidades propagar este fogo ao mundo. Tendo lançado o fogo do amor, Jesus terá o seu batismo, recebido de João, levado à plenitude pela aceitação da morte a que está condenado pelas autoridades judaicas. É um fogo que prende. Aí, onde se abandonaram os interesses pessoais e se busca um mundo de irmãos.
A paz de Jesus é um fogo purificador que não se confunde com a “Pax Romana”. Aquela paz que Roma – ou outra qualquer sociedade humana – se esforça por proclamar. Esta é só uma tranquilidade institucional que garante a vantagem dos opressores sobre os oprimidos, do império sobre os subalternos, da injustiça sobre o direito. A paz de Jesus não é como a paz dos poderosos deste mundo: paz sob o medo e sob a opressão. A paz de Jesus é fruto do compromisso com a verdade e com a justiça na regeneração da vida.
O fogo purificador de Jesus faz amadurecer os mensageiros, os discípulos, os profetas, os apóstolos.
Assim, assumir este compromisso provoca divisões em relação àqueles que, mesmo dentro da família, preferem continuar sob o domínio desta falsa ideologia e sua paz ilusória, e com seus ideais de inserção no mercado global, de sucesso pessoal e enriquecimento.
O destino deles – como o do Mestre – é sair ao encontro da obscuridade com um clarão que revele tudo o que a ordem atual esconde. O fogo também põe às claras as deficiências pessoais, as ambições subterrâneas, os desejos reprimidos. O fogo que se prova com a entrega total ao serviço do Evangelho.
Padre Bantu Mendonça
(Fonte: Canção Nova)
Mas o fogo de Jesus não é o fogo das paixões políticas. É o fogo do Espírito que tem que ser provado na entrega total, no batismo da doação pessoal. É o fogo do amor que gera vida e anula as forças da morte.
Em continuidade ao ministério de Jesus, as comunidades contam com a luz e a força do Espírito Santo. Cabe a estas comunidades propagar este fogo ao mundo. Tendo lançado o fogo do amor, Jesus terá o seu batismo, recebido de João, levado à plenitude pela aceitação da morte a que está condenado pelas autoridades judaicas. É um fogo que prende. Aí, onde se abandonaram os interesses pessoais e se busca um mundo de irmãos.
A paz de Jesus é um fogo purificador que não se confunde com a “Pax Romana”. Aquela paz que Roma – ou outra qualquer sociedade humana – se esforça por proclamar. Esta é só uma tranquilidade institucional que garante a vantagem dos opressores sobre os oprimidos, do império sobre os subalternos, da injustiça sobre o direito. A paz de Jesus não é como a paz dos poderosos deste mundo: paz sob o medo e sob a opressão. A paz de Jesus é fruto do compromisso com a verdade e com a justiça na regeneração da vida.
O fogo purificador de Jesus faz amadurecer os mensageiros, os discípulos, os profetas, os apóstolos.
Assim, assumir este compromisso provoca divisões em relação àqueles que, mesmo dentro da família, preferem continuar sob o domínio desta falsa ideologia e sua paz ilusória, e com seus ideais de inserção no mercado global, de sucesso pessoal e enriquecimento.
O destino deles – como o do Mestre – é sair ao encontro da obscuridade com um clarão que revele tudo o que a ordem atual esconde. O fogo também põe às claras as deficiências pessoais, as ambições subterrâneas, os desejos reprimidos. O fogo que se prova com a entrega total ao serviço do Evangelho.
Padre Bantu Mendonça
(Fonte: Canção Nova)
Nenhum comentário:
Postar um comentário