segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Visão mundial - Como Surgiu?


História
 A Visão Mundial nasceu do sonho de um homem: o reverendo norte-americano (e jornalista) Bob Pierce. Em 1947, durante uma viagem à China, ele se sensibilizou com a situação e as necessidades de uma menina chamada Jade White. A professora alemã Tena Hoelkedoer, incapaz de cuidar da menina sozinha, pediu ajuda ao reverendo. Pierce, então, deu à professora seus últimos cinco dólares e fez um trato com ela: todos os meses enviaria uma quantia para ajudá-la a cuidar de Jade.

Ao voltar para os Estados Unidos, Pierce contou a história para amigos que, sensibilizados, também decidiram contribuir mensalmente para ajudar Jade e outras crianças na China. Essa experiência resultou em uma reviravolta na vida do reverendo, que começou a construir uma organização dedicada a ajudar crianças em todo o mundo. Assim, em 1950, nascia a Visão Mundial. O primeiro programa de apadrinhamento teve início três anos depois, para ajudar as centenas de milhares de órfãos da Guerra da Coréia.

Nas décadas seguintes, a Visão Mundial expandiu seu trabalho pela Ásia, América Latina, África e Leste Europeu. Nos anos 1970, ao perceber que o apadrinhamento tradicional não atacava as causas da pobreza, a Visão Mundial implantou o modelo de desenvolvimento comunitário e de socorro em situações de emergência que vem sendo constantemente aprimorado até os dias de hoje.
Por desenvolver um trabalho transformador, com transparência e eficiência, a Visão Mundial ganhou no Brasil o Prêmio Bem Eficiente, que é concedido a organizações sociais de destaque no país, em 1999, 2002 e 2005.

A crise da Etiópia. O século 21
 A séria crise alimentar na Etiópia, na década de 70, seguida de tragédias semelhantes em outras 9 nações africanas, nos anos 1980, levou ao maior esforço de emergência da Visão Mundial em toda a sua história. As imagens chocantes, feitas por uma equipe da BBC que acompanhava os trabalhos da organização em um dos locais mais afetados pela crise, atraíram uma cobertura televisiva que despertou a compaixão do mundo.

Depois de cerca de 2 anos, o programa da Etiópia passou para uma fase de reabilitação, seguida por projetos de desenvolvimento em larga escala, que incluíam agricultura, hortas, saúde, irrigação e programas de treinamento. Resultado: vales áridos transformaram-se em campos verdes e grupos de pessoas desamparadas tornaram-se comunidades seguras e confiantes.

Na década de 1990, a Visão Mundial aproveitou-se de sua estrutura internacional de comunicações e de sua capacidade de relações públicas para advogar contra as minas terrestres. Outro fato marcante foi a marca de 1 milhão de apadrinhamentos. No Brasil, foi desenvolvido o primeiro projeto focado somente em HIV/AIDS.

O século 21 começou com o fortalecimento das atividades de promoção de justiça, principalmente em questões relacionadas à sobrevivência de crianças e à diminuição da pobreza. A Visão Mundial tornou-se mais ativa na articulação com governos, empresas e outras organizações para tratar de problemas como trabalho infantil, crianças em conflitos armados e exploração sexual de crianças e mulheres.

Hoje, a Visão Mundial é reconhecida como uma das organizações humanitárias líderes no mundo. Em parceria com a subsidiária microfinanceira VisionFund International, conta com cerca de 40 mil colaboradores em 100 países, que implementam programas de desenvolvimento comunitário, socorro em emergências e promoção de justiça.

A Visão Mundial no Brasil
No Brasil, embora já fizesse o apadrinhamento de crianças desde 1961, foi em 1975 que a Visão Mundial abriu seu primeiro escritório, em Belo Horizonte (MG), que supervisionava a maior parte do trabalho da organização na América do Sul. O segundo escritório, em Recife (PE), foi inaugurado em 1982.

De lá para cá, são mais de 10 milhões de vidas transformadas e 1.201 projetos que ajudaram a construir um Brasil melhor. Graças a eles, populações nas quais morriam 147 crianças a cada mil que nasciam, hoje apresentam índice de mortalidade infantil dez vezes menor. Crianças, adolescentes e jovens de baixa renda tiveram acesso a educação complementar e puderam superar as disparidades de formação e buscar oportunidades de uma vida melhor.
Áreas devastadas foram revitalizadas com agroflorestas e agora alimentam famílias, geram renda e melhoram condições ambientais e climáticas. Regiões semidesérticas ganharam cisternas e barragens para acumular água da chuva e fornecer água potável, proporcionando melhoria da saúde, produção de alimentos e criação de pequenos animais.

Nesse período, a Visão Mundial Brasil desenvolveu novas lideranças, forneceu microfinanciamento e acesso a mercados para empreendedoras e empreendedores, possibilitando o desenvolvimento transformador sustentável das comunidades mais pobres. A organização atuaou, ainda, em emergências e na reabilitação de populações afetadas por tragédias climáticas (como em Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, região serrana do Rio de Janeiro e Amazonas) e para advogar uma cultura de paz e políticas públicas mais justas e bem aplicadas.
O desafio da Visão Mundial no Brasil agora é superar a desigualdade; alcançar milhões de crianças, adolescentes e jovens em contextos urbanos e rurais de alta vulnerabilidade, para incluí-los em programas de desenvolvimento.
Junte-se a nós!

Impacto quantitativo do trabalho da Visão Mundial no Brasil em 2010
  • R$ 34 milhões investidos
  • 67 programas, sendo 40 Programas de Desenvolvimento de Área
  • 28 Projetos Especiais
  • 24 programas na região Nordeste, 10 na região Sudeste e 6 no região Norte
  • Mais de 885 comunidades beneficiadas, abrangendo cerca de 51 municípios em 13 estados brasileiros
  • 698.038 beneficiários diretos e mais de 2.085.173 beneficiários indiretos, totalizando 2.783.211 beneficiários
  • Capacitação e desenvolvimento de 125.379 líderes comunitários
  • 33 entidades locais parceiras nos PDAs
  • 87.387 crianças inscritas na base de dados da Visão Mundial

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